E grande era a minha ansiedade em chegar ao estágio em que estas se encontravam.
Os dias se desdobravam lentamente, e com estes eu avançava em conhecimento e domínio daquele idioma.
Passado um ano tive o que seria o meu primeiro teste - em uma viagem de ônibus à Goiânia eis que uma oportunidade aparece: dois estrangeiros, um senhor e sua filha aventuravam-se em conhecer o Brasil (sem cicerone e sem saber falar português) e dessas coincidências que a vida nos prega, estavam viajando no mesmo ônibus que eu estava.
Ao pararmos para tomar café, o motorista dirigiu-se em bom tom que teríamos dez minutos para fazê-lo, exceto os dois passageiros e eu, os demais se retiraram do ônibus. Dei uma olhada para trás e percebi os dois assustados sem saber o que fazer. Num ímpeto dirigi-me a eles e em bom francês perguntei-lhes se eram franceses. Senti a alegria em seus olhos e deles recebi um abraço de alívio e de agradecimento. Daquele momento passei a ajudá-los e a praticar o francês aprendido. Foram trinta horas de conversação e troca de informações.
Hoje, continuo estudando idiomas e já estou no décimo primeiro - oito aprendidos com professores e três sozinho - em busca do prazer de falar mais um.
Nenhum comentário:
Postar um comentário